"" Evangelho Puro: filosofia da religião

filosofia da religião

Introdução àfilosofia da religião 


Algumas perspectivas acerca da religião





A religião, como fenômeno humano, está presente na história
de todos os povos ao longo de todos os tempos. Essa presença, longe de
ser secundária, estruturou — e ainda estrutura — culturas, sendo-lhes
geradora de sentido e plausibilidade. Exatamente por isso, a religião vem
sendo estudada pelas mais diversas expressões da ciência, sobretudo
das ciências humanas e sociais. Dentre essas, queremos destacar algumas:
teologia, apologética, fenomenologia e filosofia. Sem dúvida, ao
longo da História foram essas expressões da ciência que de forma mais
contundente se debruçaram sobre o estudo do fenômeno religioso.

Teologia: estuda os fatos da experiência que são interpretados
em forma de doutrina. “Como ciência, a teologia parte do dado
da fé; por isso, pretende falar a partir de Deus, a partir da relação
que ele estabelece com o ser humano.” A teologia como ciência
utiliza os dados da fé (da revelação), mas se fundamenta na razão:
seu ponto de partida é a fé, mas seu método é racional.

Apologética: demonstra que determinada perspectiva (doutrina)
da teologia é a verdade. Defende a veracidade daquilo que é crido em determinada denominação e expresso num código ou
declaração doutrinária. “Algumas pessoas fazem distinção entre
apologética positiva, que se propõe a provar a verdade do cristianismo,
e apologética negativa, que apenas procura remover as
barreiras à fé respondendo às críticas.”

Fenomenologia da religião: estuda os fatos religiosos com base em
sua intencionalidade e pergunta pelo significado do fato religioso
para o Homo religiosus.3 “A fenomenologia parte necessariamente
dos fenômenos religiosos (fatos, testemunhos, documentos), contudo
explora especificamente seu sentido, sua significação para o
ser humano específico que expressou ou expressa esses mesmos
fenômenos religiosos.”

Filosofia da religião: estuda as origens e o conteúdo dos fatos
da experiência. Analisa a religião propriamente dita em
suas relações com outras fases da vida. A filosofia da religião
preocupa-se com o Absoluto, não como encontro com
ele, nem como Deus, mas como o Ser e o fundamento da realidade. A filosofia da religião, como expressão do saber humano,
muitas vezes estimulada pela racionalidade
crítica, fala de Deus e do ser
humano religioso. É um saber construído
com base na reflexão autônoma,
não um compromisso de fé. Por
isso, não substitui o ato religioso, mas
reflete criticamente a respeito dele.

Religião é crença: a religião tem sido definida por muitos como
sendo aquilo que um indivíduo crê a respeito de coisas últimas.
Religião é “uma crença em um poder sobre-humano invisível
[...] juntamente com os sentimentos e práticas que decorrem
naturalmente de tal crença”.10 Mas, conquanto a crença e convicções
sejam importantes elementos da religião, não representam
sua globalidade.

A religião pertence à natureza e estrutura
humanas: assim como o ser
humano tem várias capacidades que
expressam sua natureza e seu ser — por
exemplo, como pensador, técnico e
artista —, da mesma forma é dotado
da capacidade religiosa. Ele não pode
explicar direito essa capacidade, mas a
tem. O ser religioso pertence ao equipamento
que a natureza lhe concedeu.
Isso não quer dizer, entretanto, que
todos têm o mesmo grau de percepção
religiosa. Alguns têm um sentido Em seguida, trataremos dos diversos posicionamentos filosóficos diante da religião, incluindo as perspectivas antagônicas caracterizadas pelo ateísmo e

agnosticismo. mais profundo; outros, menos. Não se pode negar, contudo, que
o ser humano demonstra comportamento religioso.




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